terça-feira, 23 de fevereiro de 2010



Impedido de apanhar o autocarro
Por Daniela Lourenço, 8º. C


Nada no universo é constante. tudo muda. Assim se explicam os ciclos da moda. Existem modas que fazem os mais velhos perder as estribeiras: "Para onde vai este mundo?" - Questionam-se os avós.
Lá em casa, não há rapazes, só a minha irmã e eu, por issso a moda das calças a escorregar pernas abaixo não afecta muito os meus pais. A moda parece ter como principais adeptos os rapazes.
Na escola, professores também reclamam: - "Que falta de respeito! Puxa lá essas calças para cima!"- Ouço tudo isto e penso: Os avós, pais e professores até têm razão, é uma moda deselegante (embora nos permita ver os vários tipos de boxers, nem sempre muito limpos). Mas que cada um tenha a liberdade de se vestir como quiser, Ora!
Um dia, ao sair da escola, fomos, um grupo de amigos, para a paragem do autocarro. Vinham também várias pessoas atrás de nós, porque saíam algumas turmas sempre à mesma hora. Estivemos na brincadeira, eu com os meus amigos, e não apanhamos o primeiro autocarro, porque tinha muita gente e decidimos esperar.
A confusão foi total. Um tempo depois, veio o segundo autocarro e apanhámo-lo lá numa esquina. Para poderem apanhar o autocarro, vinham também uns rapazes a correr. Todos conseguiram apanhar o autocarro, menos um menino de cor, que, com a mania de andar com as calças para baixo, apesar do grande esforço, não conseguiu apanhar o autocarro.
Eis que, perante o olhar atónito de todos, as calças aterraram ali mesmo, a poucos metros do autocarro, antes de terminar a sua odisseia.






A menina de Ouro




Por Sofia Teixeira Lopes, 8º. C



Numa daquelas manhãs de Inverno, em que custa muito a acordar, fui para a escola, como todos os outros dias de aulas.

Ia a jogar à bola com uma pedra, até que, de repente, o meu olhar parou e ficou deliciado com o que viu: uma menina de cerca de seis anos, pequenina, de cabelos loiros ao vento e olhos azuis, estava a ajudar uma senhora, com cerca de 80 anos, que, timidamente, tentava atravessar a estrada.

A menina estava sozinha, devia morar ali perto ou então os seus pais teriam ido ao café. Quando acabou a travessia, a senhora deu-lhe uma moeda que devia ser de um euro, para ela ir comprar alguma coisa. A menina recusou com um sorriso desdentado.

Durante alguns minutos, a senhora ficou ali perplexa, à espera que a menina fosse embora ou alguém a viesse buscar. É então que vê surgir uma senhora de estatura média, muito bem vestida e um homem alto e moreno, que vieram para a beira da menina. Eram seus pais. Agarraram-lhe na pequena mão, enquanto a velha senhora, ansiosa, de um "Olá!", em baixa voz e contou tudo o que tinha acontecido e a menina de ouro que estes pais sortudos tinham.

Depois de a menina e seus pais continuarem caminho, também segui passo a passo para a escola, mas nunca vou deixar esta história apagar-se da minha memória.